Uma festa, a mesma festa de sempre. Duas amigas, as mesmas amigas de sempre. Muitos sentimentos, mas agora não mais os de sempre. Muitas coisas antigas parecem não ter mais espaço entre as novidades imposta pela felicidade inesperada.
Sem planos, sem rota, sem ordem, sem roteiro prévio e apenas um limite: não há limites quando se é cobaia da própria alegria. E a alegria surge assim, do inesperado e se ela vai querer ficar ou não aqui ai são outros quinhentos. Eu prefiro acreditar que ela veio me mostrar que mesmo não estando sempre por perto, ela faz questão de estar sempre em meus dias.
E foi assim que eu aprendi, em uma noite, o que passei anos para tentar compreender: felicidade não se planeja. O planejamento em longo prazo nem sempre funciona, pois a gente acaba deixando de viver o hoje pra pensar em algo futuro. A gente deixa de direcionar nossas forças para o agora e espera sempre por um depois. “Vou semana que vem a praia. Mas o sol está radiante hoje”. Semana que vem pode estar nublado, ai você escolhe se vai esperar outro dia de sol ou se vai ser feliz com a chuva mesmo. Eu quero ser feliz faça chuva ou faça sol!
Impossível prevermos as adversidades pelas quais vamos passar. Impossível planejar e preparar as forças interiores para as dores. Mas podemos preparar o terreno dos nossos dias com a alegria, com o bem estar, para que seja semeada a felicidade. Eu prefiro o difícil, o impossível, o inesperado, e só, só isso me basta por agora.Talvez tudo, talvez nada...talvez..não tenho medo da incerteza, mas sem dúvida alguma tenho medo das certezas enraizadas pelo consenso de quem se acostumou a esperar a felicidade entrar pela janela.
Não tenho medo de errar. Tenho medo de nunca ter errado. Tenho medo de não ter aprendido com meus erros. Tenho medo de não ter me redimido com quem errei.Tenho medo de não ter cometido erros importantes para os meus acertos também importantes. Tenho medo de ter medo de ser feliz porque crer é errar e não crer de nada serve.Um conselho? Abandone a expectativa e convide o inesperado...ele trará coisas incríveis, coisas não tão incríveis, mas trará coisas NOVAS!
C. F Abreu resumiu tudo pra mim hoje: "Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento (ou até mesmo na chuva). Eles secam as lágrimas, Vou ali ser feliz e não volto." E não me esperem viu! A viajem parece ser muito longa.
By Vania Pinheiro Borges
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